segunda-feira, 25 de julho de 2011

Mesa de amigos, mesa de vida!

Eu adoro um bom papo de botequim. E quem não gosta?! Claro, há que se esclarecer o que é que eu entendo por ‘botequim’. Meus botequins são os tradicionais cafés de Curitiba. Cada um tem um toque especial. O bom mesmo seria se todos os toques estivessem no mesmo lugar. Mas como não estão, me esbaldo visitando um pouco de cada um.

O que mais me chama atenção nas conversas que posso ouvir nos cafés é... simplesmente tudo. Desde a composição das mesas até os assuntos. Na última vez que fui fiquei muito intrigando com uma dessas mesas que vai se formando aos poucos, ou melhor, mudando aos poucos.

A mesa começou com dois rapazes, um deles meio loiro, com cara de feliz. O outro era um pouco ruivo, com um tanto de cansaço no semblante. Eles conversavam um pouco sobre do dia que tinham passado. Ao que pareceu, os dois trabalhavam no mesmo lugar. Um deles ficava na portaria, como segurança e o outro, o ruivo, em uma sala de contagem de dinheiro, talvez seja isso que talhou no rosto dele aquele cansaço todo.
Depois do loiro contar uma história sobre uma senhora que tentou entrar no prédio, mas foi impedida por todos os metais que ela trazia nos diversos bolsos e várias sacolas. Histórias ou estórias do cotidiano de trabalho em portaria.
Depois de algum tempo chegaram outros três garotos, um deles muito alto e outro de meia estatura, ambos com porte de professores. E o terceiro fazia parte do clube dos loiros, com cara de médico. Intui pela roupa, mala e também pelo sorriso, meio maléfico. Não que os médicos sejam maléficos, mas os dos meus pesadelos sempre são.
Logo se abraçaram e começaram longos papos sobre como foi o dia de cada um. Curso em pleno sábado. Falar com uma turmona de outros professores foi o que embalou o dia dos dois professores que estavam à mesa. O dia do médico, segundo ele foi convencional. O que mais causou indignação nos colegas foi a confissão dele de caminhar muitos quilômetros entre os roteiros do dia dele, que incluíam casa, hospital, clínica, restaurante, shopping e café, onde se encontraram. Ninguém queria acreditar em tudo aquilo. Engraçado foram eles manifestaram plena certeza de que os passos para todos os lados da cidade não eram por vontade de exercício, mas por pouca disposição em gastar dinheiro. Pura economia. Pode!
As risadas continuavam... e logo chegaram mais dois na mesa.
Isso eu vou contar depois... no próximo post eu continuo. Até lá vou prestar mai atenção no meu latte machiato e meu petit gateau.